domingo, 20 de setembro de 2009

Não é só a revolução que está rasgando a folhinha hoje: minha vizinha também!!!!
Vocês devem estar pensando dos laços estreitos que mantenho com a dita cidadã. Ledo engano! A criatura infeliz, que acredita que não se pode falar em tom normal ao celular, correndo o risco de não ser ouvida, já cedo anunciou a data para todo o quarteirão. Às 13h iniciou-se a sessão com muita música anos 80, regada com muito álcool, provavelmente maconha e etc.

Num ímpeto de consciência de sua inferior condição, já que é um ser dependente do macho provedor, começou a falar mal da "perua loura aí do lado". Nem deu para perceber que sou eu. Feliz por ter sido reconhecida por ser uma mulher forte, já que causo tanta inveja, quase fui cumprimentá-la pela data querida!!! Mas aí pensei: é esta distância que faço questão de manter que torna a aura da minha existência este mito, de inveja e admiração.

É neste clima que eu digo às mulheres que se submetem aos seu cafetões, ainda que os chamem de marido, como é bom ter independência, ter segurança de si mesma. Não é um pênis para trepar todas as noites que torna uma mulher uma verdadeira mulher, mas sim aquilo que ela representa para si mesma. Sou uma trabalhadora, mãe, filha, posso resolver meus problemas, tenho capacidade para enfrentar o mundo!!!! Sou dona do meu destino!!! Posso escolher o que eu quero para mim!!!! Invejem minha condição, aquelas que dependem dos seus machos, que se submetem aos espancamentos, às traições, por dinheiro ou dependência emocional.

Hoje, minha vizinha esbalda felicidade, às custas das drogas, que anestesiam sua dor. Felicidade que certamente só vai terminar depois de uma ligação para o 190, felicidade que reflete sua pobreza de espírito, cantando músicas de pouco esforço intelectual, consequência de sua fraqueza humana, de sua falta de capacidade de lutar por si. De sua acomodação em sua condição de inferior.

Nem todas nasceram para ter a força de Anita Garibaldi, algumas serão eternas Gatas Borralheiras...

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