domingo, 22 de julho de 2012

Por favor diga que é SPAM!!!!

Há muito que tenho tentado seguir os conselhos sábios de todo e qualquer especialista, terapeuta, mago, guru, espiritualista, otimista e o raio que o parta, para não desistir, parar de me lamentar, lutar, ser otimista e todos os outros conselhos... e fiz porque quero o melhor para mim e para as pessoas que eu amo. Aliás, fiz muito mais pelas pessoas que eu amo, que não são muitas, na verdade, mas fiz por elas. Há dois anos venho tentando ser menos acomodada e juro, é um grande esforço para mim. Pois meu único desejo é viver bem, não quero uma parafernália na minha vida. Na minha ideia, pelo menos quando a vida ainda era uma expectativa, viver bem era ter um trabalho, ter amigos, encontrar a alma gêmea, formar uma família, cumprir suas obrigações e pronto. Todos seríamos felizes para sempre. Mas aí alguém acrescentou a tal individualidade, o outro ter sucesso, um terceiro ter uma vida sexual regular, mas alguém disse que a gente tem de ser descolado, só que o corpo tem que ser perfeito, por dentro e por fora, tudo isso regado ao politicamente correto, que cada dia que passa parece que possui mais um ingrediente. O que acaba comigo é que tudo aquilo no qual eu acreditava, foi simplesmente arrancado de mim, não pude nem mesmo ir substituindo aos poucos e me desfazer dessas crenças, na verdade eu fui obrigada a acreditar naquilo que eu não acredito porque senão estaria totalmente descartada de uma sociedade da qual eu não gosto, não aceito, mas na qual tenho de viver para sobreviver. Talvez eu tenha que ser uma eremita. Onde está a minha individualidade nisso tudo? Tenho minha individualidade desde que eu faça o que os outros querem, seja como a sociedade aceita! Goste do que todo mundo gosta, faça o que todo mundo faz, acredite naquilo que todo mundo acredita. O que quero dizer com tudo isso é que eu estou cansada, profundamente cansada. Hoje eu vi uma reportagem de como é preparado o melhor conhaque do mundo, e ele leva de 40 a 100 anos para ficar pronto e neste tempo ele reduz, ou seja um bom conhaque para ser bom tem de perder e perder muito, por muito tempo para ser bom. Não sei se vale tanto esforço para beber este conhaque. Nesses dois anos que se passaram eu me esforcei muito, para estar dentro de padrões aceitáveis, e não sei se tive momentos de felicidade o suficiente para compensar todo esse esforço. E fiz tudo de boa vontade, tentei ser sempre otimista, tudo eu fiz sempre de boa vontade tentando acreditar que cada esforço é na verdade uma infinita felicidade que virá. Estou muito fraca, frágil, solitária e profundamente infeliz, embora eu tente espantar tudo isso dizendo a mim mesma que a felicidade plena é uma ilusão, ou que mais vale a solidão pacífica do que estar rodeada de idiotas, mas é mentira. Não quero passar minha vida abrindo mão de quem sou para propiciar a felicidade para os outros, desejo secretamente que alguém abra mão um pouquinho, só um pouquinho de sua própria individualidade por mim. Para me dar um pouco de colo, para sei lá, me sentir valorizada. Nunca alguém fez isso por mim, nem mesmo meus pais. Abri mão de 40 anos da minha vida por todo mundo, merecia que alguém abrisse mão de sua vida por mim, mas... não foi. Só que na verdade eu queria que tudo isso fosse só um pesadelo. Talvez um SPAM que eu pudesse deletar.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

São elas sim!!!! Eu fico louca!!!! Eu as odeio!!! Quem convive pacificamente com elas!!! E sim!!! Sou fútil o suficiente para pirar com isso!!!! Ainda que alguém diga que não é superficial e que não se importa com isso, no fundo, no fundo se importa sim!!!!! RUGAS!!! EU AS ODEIO!!!!!! Parece que zombam de mim, parece que quando mais preciso me olhar e me amar mais elas me olham e sorriem para mim, com aquela cara de deboche!!!! Há um mês elas se intensificaram, e ficam dizendo para mim que os 30 já passaram, que a noite foi mal dormida, que eu tenho problemas a resolver, que eu tenho que lavar o forro do banheiro, que eu tenho que fazer exercícios e parar de fumar, enfim, elas não aceitam minha feliz solidão!!! Sim são elas culpadas de tudo!!! Da fome mundial, dos baixos salários, das doenças desumanas, se não houvessem rugas seríamos felizes e resolveríamos todos os nossos problemas. Podemos sempre financiar um Louboutin em 24x, para emagrecer todos sabem o que é preciso: vergonha na cara, cabelos grisalhos a gente pinta, mas as rugas, ainda que se use botox, nunca mais será a mesma coisa. Elas se cravam em nossa alma, não apenas em nossa face, nos marcam, fazem nos lembrar de cada percalço da vida, das alegrias que não voltam mais, das roupas que não usamos mais, das pessoas que já passaram e arrasaram com nosso rosto. E dizer que as rugas fazem parte da vida, que hipocrisia, tenha algumas e conviva com elas, ainda que a batalha tenha valido a pena, elas sempre assombram.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Eu prometo solenemente não mais prometer e desacatar-me. Não terei mais de assumir o compromisso de compromissar, não realizar o realizar e terei o direito de utilizar o não nexo, o irreconhecível, o indetectável, irresponsabilizar-me, pois o ócio, o vácuo, o limbo, o despejar o tempo no lixo também é parte de minha sanidade mental. Aliás deixarei de prometer,porém, podendo ter outra vez direito de prometer e novamente, como no ciclo da natureza, vou querer outra vez prometer. Quero poder me sabotar e sentir o sabor de me regenerar, derramar o leite e chorar sobre ele, descobrir onde mora o perigo enfiando o dedo na tomada e correr inocentemente aos braços de minha mãe como se nunca tivesse tomado conhecimento dos perigos do mundo. Poderei então roubar o doce da janela e desfalecer o corpo sobre a seda da colcha alva, ainda que esteja descalça depois de um passeio pelo bosque após a chuva. Não quero que encontres as razões das minhas palavras, mas se de alguma forma fizeram sentido, ou se estiveres nesta frequência de querer o não ser ou em poder mergulhar neste mar de cores indescritíveis, pelo simples prazer de existir, é poque existes, existimos, EU EXISTO!!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Furacão

Algumas pessoas são fortes, racionais, determinadas, poucos são os fatos que poderiam devastá-las... Já me disseram que sou uma dessas pessoas fortes, que sou muito mais forte que imagino, mas talvez eu só seja tão forte, porque se eu cair não haverá ninguém para me segurar... Isso é muito triste... Isso me destroi totalmente... deixa meu interior como uma gelatina passada no liquidificador, sem nenhuma consistência. É uma travessia solitária por uma vida em que em nenhum momento alguém segurará tua mão... O pior é que quando aparentemente isso acontece, não é genuíno, não é sincero... É,... o pior da solidão não é estar sozinho, mas é não poder baixar a guarda, pois sempre haverá um oportunista, um(a) canalha, que sabe que um solitário vende sua alma por um ombro (ainda que falso) amigo. Para deixar uma dessas situações mais trágicas, no final das contas já não há discernimento, qualquer indivíduo que se aproxime é ou está classificado como oportunista. E isto só acontece com aqueles que se importam com a verdade, a sinceridade, os outros, que já estão acostumados em magoar, não se preocupam em ser magoados, até acham graça, acham que é natural magoarem, aproveitarem-se usarem as pessoas asua volta, é, portanto, claro que serem usados é comum e natural...

Só queria estar com as pessoas que amo, poder tocá-las, abraçá-las, dizer-lhes que as amo, por que uma coisa tão simples é tão difícil...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ganhar ou perder?


Vejo esta eleição com certa mudança. Não sei se sou eu ou se as pessoas realmente mudaram suas posturas em relação ao ato cívico. Não que estejamos num momento de alta politização ou coisa parecida, mas vejo as pessoas discutido mais, analisando mais. Talvez por haver mais acesso a informação, não sei...

Mas ontem ocorreu algo que chamou minha atenção: duas senhoras de classe popular conversavam sobre o resultado de seus candidatos. Até aí tudo bem, presenciei e participei de vários diálogos semelhantes, mas estas senhoras em especial, comentavam a cada cargo eleito "se haviam ganhado ou não". Como se a eleição fosse um jogo, tipo assim: "Pra presidente não ganhei, mas para Senador ganhei um, para Deputado Estadual eu perdi e pra Federal eu ganhei."

Ainda que num processo eleitoral, dependendo de quem é eleito ou não, existam perdas e ganhos para a população, isto ocorre num âmbito mais amplo, de Ciência Política, de análise, o qual, certamente não estava sendo divagado naquela situação. Quase como se estivessem jogando um jogo de mesa, ou fazendo apostas da loteria esportiva. Foi então que percebi algo que nunca havia me ocorrido, mas que talvez seja importante para uma camada dos eleitores: o povo não gosta de votar (ou seria apostar?) em que tem grandes chances de não ser eleito. Para estas pessoas as eleições são como um jogo de apostas onde querem ganhar, gabando-se de seus resultados. Para pessoas que na vida tiveram muitas perdas ou nenhuma vitória, ver seu candidato eleito, seu time campeão é a mesma coisa.

Taí um grande motivo para se repensar o processo político. Além de a população estar modificando suas posturas em relação aos candidatos, de ver Tiririca eleito num grande golpe de protesto (inútil, sim, mas ainda é protesto!), ainda temos aquela camada da população que não se modificará, buscando um possível "ganhador" ainda que este indivíduo mantenha escuso aos seus eleitores seu passado político e seus atos pouco éticos.

Enquanto a reforma política não vem, estas cenas justificam a necessidade do "ficha limpa" a fim de proteger eleitores ingênuos de si mesmos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sucupira lá,... Sucupira cá,...



Enquanto em Sucupira "A" comemoram o dia da pseudoindependência, com uniforme novo (sim, tem que haver uma desculpa para comprar uniforme novo, porque ir para a escola vestido adequadamente não é desculpa para colocar uniforme no filho, afinal, escola é secundário), em Sucupira "B" (alguém achou que a terra do guiness não era Sucupira???? Sem comentários!!!!) fazem um omelete gigante, porque desta vez não deu para chamar o Tele pizza, até porque também tinha o Ministério público, ia ser mais de 8, não ia dar para todos então foi omelete mesmo, comida de pobre. Qual será a obra que Odorico Paraguaçú de Sucupira "B" vai realizar para que o povo esqueça deste vexame nas próximas eleições para a prefeitura? Naaaaão, é mesmo!! Será um cemitério????Ah, não, é só um jazigo para a "famiglia"... Ou vai fazer a tão esperada ponte para Sucupira"A", estou muito curiosa.

Sarcasmos à parte, quem foi ao show do Lobão e achou que ia assistir MPB, deve ter ficado muito desapontado, foi puro rock and roll da mais alta qualidade tupiniquim. Quem acredita que o Fiuk faz rock com certeza é um fudido. Aliás tenho que concordar com o Lobão que durante o show fez, com muita pertinência, o comentário que a Língua Portuguesa registra o vocábulo fodeu e não fudeu, sendo que o segundo faz um efeito sonoro mais adequado. É, Lobão tem razão!

É muito estranho vermos nossos ídolos da adolescência envelhecerem, já que muitos deles não tiveram esta oportunidade, porque eram geniais demais para verem a decadência em que estamos mergulhados. Nossos jovens de hoje adoram os ídolos plastificados, formatados e pré-cozidos, sem grande expressividade criativa, mas com certeza são muito fashion, comem todo mundo e são comidos por todos, e estão felizes em compartilhar sua vida pessoal em "Caras" que ao final das contas era o seu objetivo. Mas o Lobão é um forte, bom de briga, ficou e continua, fazendo o que sabe fazer: ser o Lobão!

Ainda sobre Lobão, mas mais exatamente sobre a logística do show, que foi num local fabuloso, mas parece que todos que curtem bons artistas tem de ter carro. Quem anda de ônibus tem de gostar de assistir pseudopagode do Bello e outros shows péssimos que trazem para o povão aqui em Sucupira "B", assim tem acesso fácil e ônibus, quem gosta de qualidade tem de ser mais abastado. Saí do show mais cedo para pegar um ônibus às 23h20min, e tive de chamar um táxi, porque não havia mais ônibus. Vexame.

Pois é, e assim se anda, mas negando ser massificada. Vale mais a originalidade de ser eu mesma.