sexta-feira, 5 de novembro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ganhar ou perder?


Vejo esta eleição com certa mudança. Não sei se sou eu ou se as pessoas realmente mudaram suas posturas em relação ao ato cívico. Não que estejamos num momento de alta politização ou coisa parecida, mas vejo as pessoas discutido mais, analisando mais. Talvez por haver mais acesso a informação, não sei...

Mas ontem ocorreu algo que chamou minha atenção: duas senhoras de classe popular conversavam sobre o resultado de seus candidatos. Até aí tudo bem, presenciei e participei de vários diálogos semelhantes, mas estas senhoras em especial, comentavam a cada cargo eleito "se haviam ganhado ou não". Como se a eleição fosse um jogo, tipo assim: "Pra presidente não ganhei, mas para Senador ganhei um, para Deputado Estadual eu perdi e pra Federal eu ganhei."

Ainda que num processo eleitoral, dependendo de quem é eleito ou não, existam perdas e ganhos para a população, isto ocorre num âmbito mais amplo, de Ciência Política, de análise, o qual, certamente não estava sendo divagado naquela situação. Quase como se estivessem jogando um jogo de mesa, ou fazendo apostas da loteria esportiva. Foi então que percebi algo que nunca havia me ocorrido, mas que talvez seja importante para uma camada dos eleitores: o povo não gosta de votar (ou seria apostar?) em que tem grandes chances de não ser eleito. Para estas pessoas as eleições são como um jogo de apostas onde querem ganhar, gabando-se de seus resultados. Para pessoas que na vida tiveram muitas perdas ou nenhuma vitória, ver seu candidato eleito, seu time campeão é a mesma coisa.

Taí um grande motivo para se repensar o processo político. Além de a população estar modificando suas posturas em relação aos candidatos, de ver Tiririca eleito num grande golpe de protesto (inútil, sim, mas ainda é protesto!), ainda temos aquela camada da população que não se modificará, buscando um possível "ganhador" ainda que este indivíduo mantenha escuso aos seus eleitores seu passado político e seus atos pouco éticos.

Enquanto a reforma política não vem, estas cenas justificam a necessidade do "ficha limpa" a fim de proteger eleitores ingênuos de si mesmos.

domingo, 5 de setembro de 2010

Sucupira lá,... Sucupira cá,...



Enquanto em Sucupira "A" comemoram o dia da pseudoindependência, com uniforme novo (sim, tem que haver uma desculpa para comprar uniforme novo, porque ir para a escola vestido adequadamente não é desculpa para colocar uniforme no filho, afinal, escola é secundário), em Sucupira "B" (alguém achou que a terra do guiness não era Sucupira???? Sem comentários!!!!) fazem um omelete gigante, porque desta vez não deu para chamar o Tele pizza, até porque também tinha o Ministério público, ia ser mais de 8, não ia dar para todos então foi omelete mesmo, comida de pobre. Qual será a obra que Odorico Paraguaçú de Sucupira "B" vai realizar para que o povo esqueça deste vexame nas próximas eleições para a prefeitura? Naaaaão, é mesmo!! Será um cemitério????Ah, não, é só um jazigo para a "famiglia"... Ou vai fazer a tão esperada ponte para Sucupira"A", estou muito curiosa.

Sarcasmos à parte, quem foi ao show do Lobão e achou que ia assistir MPB, deve ter ficado muito desapontado, foi puro rock and roll da mais alta qualidade tupiniquim. Quem acredita que o Fiuk faz rock com certeza é um fudido. Aliás tenho que concordar com o Lobão que durante o show fez, com muita pertinência, o comentário que a Língua Portuguesa registra o vocábulo fodeu e não fudeu, sendo que o segundo faz um efeito sonoro mais adequado. É, Lobão tem razão!

É muito estranho vermos nossos ídolos da adolescência envelhecerem, já que muitos deles não tiveram esta oportunidade, porque eram geniais demais para verem a decadência em que estamos mergulhados. Nossos jovens de hoje adoram os ídolos plastificados, formatados e pré-cozidos, sem grande expressividade criativa, mas com certeza são muito fashion, comem todo mundo e são comidos por todos, e estão felizes em compartilhar sua vida pessoal em "Caras" que ao final das contas era o seu objetivo. Mas o Lobão é um forte, bom de briga, ficou e continua, fazendo o que sabe fazer: ser o Lobão!

Ainda sobre Lobão, mas mais exatamente sobre a logística do show, que foi num local fabuloso, mas parece que todos que curtem bons artistas tem de ter carro. Quem anda de ônibus tem de gostar de assistir pseudopagode do Bello e outros shows péssimos que trazem para o povão aqui em Sucupira "B", assim tem acesso fácil e ônibus, quem gosta de qualidade tem de ser mais abastado. Saí do show mais cedo para pegar um ônibus às 23h20min, e tive de chamar um táxi, porque não havia mais ônibus. Vexame.

Pois é, e assim se anda, mas negando ser massificada. Vale mais a originalidade de ser eu mesma.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

AAAAAi!!!!

Puta dor de garganta, ninguém merece. Aliás nos últimos 10 dias eu andei totalmente pesteada.
A melhor foi desmaiar na rua, há uma quadra de casa. Ainda bem que um casal me "juntou" e me trouxe. A Val estava "mal", de cama, a mãe não iria se ligar.

Se não tivesse recobrado a consciência em seguida, eu acho que teriam me levado para um hospital, teria morrido devido a um erro médico, pois teria sido atendida pelo SUS (se bem que IPERGS não está muito melhor), enterrada como indigente; minha mãe estaria até agora na janela me esperando e, achando que eu ainda tenho 22 anos, estaria me ligando, deixando recado para me dizer que não devo passar a noite fora (trepando) com estranhos pois ela (sim ela!) acha isso horrível, é coisa de vagabunda!

E minha filha? Bom, minha filha, depois daquele dia ficou mais uma semana em casa, na cama, sem ver o sol. Esta semana, ela teria percebido algo errado, mas seria tarde demais...

História trágica, não? Tétrica, imaginação fértil, afinal, outras pessoas sentiriam minha falta, ou não?

É muito estranho, passar uma vida inteira sendo o centro das atenções de um clã, já que era a mais jovem e agora isto, saber que só és mais uma na multidão, que só tu podes sentir falta de ti mesmo. E na maioria das vezes, muito antes disso, tu só não sentes falta de ti mesmo, por que insistes em acreditar que sentes mais falta dos outros.

A solidão não é triste, triste é descobrir que não gostamos da própria companhia. Afinal se conseguirmos aguentar nossa própria companhia, com nossos defeitos, manias, auto-sabotagens,
trapaças e mentiras que arquitetamos a nós mesmos, estaremos preparados para enfrentar até mesmo o anti-cristo.

Não que sejamos pior que isso, longe de mim...

Tudo isso para dizer que minha filhota teve uma recaída, é triste. Para mim, mãe, é incapacitante. Não tenham ideia que isto esteja sendo férias. Férias são alegres...

Tenho inveja (sim, inveja, por ter sido uma mãe que não soube prezar pela felicidade de minha filha) de ver meninas saindo dos cursinhos de inglês, felizes, se reunindo no canalete e cuidando os guris, as saídas de colégio felizes e tudo aquilo que nós adultos reclamamos em nossos filhos adolescentes, porque tememos pela segurança ou inconveniência de nossos "aborrecentes".

Ah, o ser humano, tão apto a se auto-flagelar... Vejam, este é o próprio anti-cristo e ele mora em nós mesmos, será que somos melhor que isso?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Tudo bem, já sei, prometi e não cumpro... Não lembra nada???

Sem comentários pela falta de postagem após quase um ano. Porém até pensei em postar sobre os últimos acontecimentos da minha vida, desde que minha filha teve um colapso e entrou em uma profunda depressão pré-anunciada, pensei mesmo em postar meu dia-a-dia, mas aí lembrei-me de que talvez ela não fosse gostar.

Porém, ao contrário do que muitos imaginam, não descansei, não relaxei a cabeça, apenas pensava, "Que mãe de merda sou eu!" Ah! Claro, tive de aguentar algumas insinuações do tipo: "Minha filha também tava querendo entrar numa dessas, mas sabe como ela se curou: arrumou um namorado!" É, algumas pessoas realmente não conseguem entender que ter um namorado não faz a gente gostar de si, mas gostar de si é que faz a gente ter um namorado.

A melhor parte foi a água benta ou o que quer que seja que vem lá do kardek.(Isso me lembra de que eu devo comprar um anti-helmintico). As missas infindáveis pelos mortos da minha família que nem católicos são.(Sim, seus espíritos devem estar invadindo minha casa e atormentando minha filha.) Minha bisavó deve estar revolvendo no túmulo, já que foi a católica rebelde da família e desligou-se da mesma, dizem que ainda na Alemanha, por acreditar que o padre estava invadindo sua vida conjugal. Minha bisa, minha heroína!!!

Mudando de assunto, voltamos a viver a era surreal das eleições. Cada vez mais convenço-me de que (perdão aos amigos candidatos) para gostar dessa vida tem que gostar de dar o cu ou ser um mau-caráter de profissão. O negócio é votar num bissexual que seja mau-caráter amador!!!

Falando em políticos dia desses eu me surpreendi com a declaração de minha ex-colega da universidade, que como eu é Bacharel em Biblioteconomia, falando nos vereadores da Noiva do Mar, mas, de forma inusitada começou a falar também nas professoras, e disse : "Tem professora que não merece servir de capacho para muito político!" Mas também não me deu grande explicação. Que será que aconteceu????? Será que ela conheceu alguma professora com transtorno limítrofe???? Mas não são todas, tem exceções, ora!!! Ah, gurias, vamos deixar esse negócio de inclusão para deficientes físicos, tem que fazer como os bacharelandos, quando percebem que um colega tem problemas mentais, atormentam-no até desistir do curso!! Por favor, campanha para não formarmos mais professores psicóticos!!!!

Tchau!!