terça-feira, 2 de junho de 2009

Dilema


Realmente entrego os pontos.  Cheguei a conclusão que as pessoas realmente não compreendem para que existem bibliotecas e bibliotecários.  Não sabem identificar que o bibliotecário não é mais um objeto na estante à disposiçaõ dos mais diversos usos.  Ninguem enxergou ainda a biblioteca como um banco de dados, principalmente numa escola.  Se os seus profissionais percebessem que não é a biblioteca o complemento da sala de aula, mas sim a sala de aula é o complemento da biblioteca, talvez entendessem a angústia que eu tenho de sistematizá-la afim de otimizar o seu uso. Mas o grande problema é que para as mentes medíocres a "bibliotecária é aquele ser que anota o nome da pessoa santa que frequenta a biblioteca e o livro que ela pegou" ou que "não tem competência para dar aula e tem que ficar isolada".  Bom, antes de mais nada sou uma mulher muito inteligente por ter escolhido não ser professora, pois que se sabe o quanto tem sido cada vez pior conduzir uma turma pelo caminho do letramento isto, em termos de conduta dos alunos, sim pois notícias de alunos agredindo professores correm com frequência pelos noticiários.  Tem mais um detalhe: não tenho canhotos, notas, provas nem para corrigir ou outra coisa.  Em compensação não tenho 2 meses de férias, nem folga semanal.  Mas, bem dito, isto NÃO faz de mim um bombril.  Muito menos de uma incompetente.  É um exercício de lógica constante registrar documentos e a eles atribuir pontos de acesso.  Muitas vezes para fazer isso é necessário fazer pesquisas a fim de conhecer melhor o assunto a fim de determiná-lo.  É preciso atenção e concentração, pois um erro pode tornar o documento irrecuperável em buscas por assunto, título ou autor.  Mas isso tudo é técnica, necessária para num âmbito maior, um investimento para apostar outras fichas, que tornariam mais eficazes as investidas nas salas de aula.  Tratar a informação para disseminá-la.  Eis minha função, e é só o que eu desejo, pelo menos, pois é na força da informação que eu credito a mudança da sociedade.  E é na informação e no conhecimento que a educação deve se basear. 

2 comentários:

  1. olá.. querida és mais uma indignada nesse mundo... bah que coisa chegastes para me fazer companhia...
    Concordo contigo, que não devas ser tratada como Bombril, porém não acho que a sala de aula complemente a biblioteca, sem salas de aula as escolas não existem, onde só temos bibliotecas... não é escola.... mas acredito que a caminhada da sala de aula e da biblioteca deva acontecer em conjunto... no mesmo ritmo, acompanhando uma os passos da outra!!!!
    É sério, muito sério ainda vermos professores que acreditam na inutilidade da biblioteca escolar e dos livros que lá estão... a educação só mostrará qualidade quando construirmos conhecimento siginifcativo nos alunos e os livros são bons auxiliares nesse processo... e pela lógica os livros ficam guardados na Biblioteca!!!!

    ResponderExcluir
  2. Fê, pensa bem: o conhecimento que deves construir com teus alunos está armazenado aonde? No momento em que dispões a construir o conhecimento ele virá da vivência deste aluno. Se desafiares um aluno a conhecer o conteúdo a ser discutido num próximo encontro, antes de apresentá-lo quanto conhecimento se constroi.Isto, ele poderá fazê-lo na Biblioteca. Concluindo: se hoje a humanidade construiu o conhecimento e o detém a fim de transmiti-lo para as gerações futuras, é porque o armazenou. Não fosse Lascaux, Alexandria, Papiro, Monges copistas os incunábulos e, finalmente Gutenberg, o conhecimento não teria chegado aos dias de hoje, e talvez não estaríamos no estágio de desenvolvimento que estamos.

    ResponderExcluir